Data de publicação: 03/11/2020
Uma das principais políticas públicas do país, sem dúvida, é a saúde. Ela é que traz o mínimo de igualdade num país tão desigual. A saúde pública tem por objetivo promover a melhoria e bem estar da saúde dos cidadãos. Mas nem sempre foi assim. A saúde só foi considerada como bem público na Europa, no século XVII. Com o aumento das cidades e das populações vivendo nos mesmos espaços, surgiram preocupações com taxas de natalidade, mortalidade, epidemias e a organização das cidades. No Brasil, é apenas na Constituição de 1988 que a saúde é prevista como um direito de todo cidadão e também é instituído o Sistema Único de Saúde (SUS).
A OMS - Organização Mundial de Saúde (agência especializada da ONU) coordena em nível nacional a saúde pública. É responsável por melhorar o tratamento e prevenção de doenças, além de garantir uma boa qualidade da água, ar e a saúde pública no geral da população brasileira.
Recursos da seguridade social e todos os entes federativos financiam o SUS que tem as seguintes diretrizes abaixo:
O SUS se divide em órgãos regionais, com poder de administração para atender todas as regiões do país conforme os níveis de necessidades dos locais. Através do Ministério da Saúde que o SUS é administrado.
O serviço deve dar ênfase às atividades preventivas, como, por exemplo, vacinas e campanhas de conscientização, sem que implique na cobertura de tratamentos e medidas curativas. Além de ter que atender a todos os indivíduos, sem distinção de espécie alguma.
A população participa nas conferências e conselhos onde é decidido quais questões sanitárias têm prioridades.
Tem sido muito discutido sobre uma forma melhor de gerir a saúde pública do país. Embora os valores em que a proporção do PIB são elevados, ainda é inferior aos de países desenvolvidos, quando se é considerado o gasto per capita. Por isso, frequentemente tem sido apontado como uma das principais causas da precariedade dos serviços da saúde pública o subfinanciamento da saúde.
Como pode-se notar, o sistema público enfrenta uma grande crise, o que compromete e muito no atendimento hospitalar. O nosso país é o que menos investe em saúde. Com tanto desvio financeiro, não sobra dinheiro para o que realmente é prioridade.
O SUS, por exemplo, paga por uma biópsia de mama ou de próstata uma pequena quantia de R$ 68, levando em conta que só a agulha custa R$ 100. Um leito de CTI custa em torno de R$ 1.400, mas o SUS paga apenas R$ 572. Esses são alguns de muitos exemplos nos quais podemos notar um enorme contraste.
O Ministério da saúde deve acompanhar de perto como esses recursos são aplicados. Dezenas de aparelhos novos e de alta tecnologia se estragam devido à falta de uso, pessoas perdem suas vidas porque o mesmo não foi disponibilizado aos pacientes.